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terça-feira, 12 de maio de 2015

A gente foi ficando...

Sem perceber, ficamos.
Estava despreparada quando num áudio curto ouvi “te pego hoje!”.  A tarde passou lentamente, a noite mais ainda e eu fiquei. A gente foi ficando. Nem eu, nem você tínhamos que trabalhar no dia seguinte, ninguém se importou com o “battery low” e nem eu e nem você nos perguntamos do amanhã. Tínhamos uma música.  
Depois, o “boa noite” por ligação que se tornou rotineiro era dito olhando no olho, seguido de um beijo carinhoso na testa. Depois as minhas roupas de trabalho ocuparam espaço no seu bagunçado guarda-roupa. Já não tinha louça suja na sua pia e imãs de delivery em sua geladeira. Comida e amor eram frescos. Feitos quando fossem desejados.  
E então o final de semana começa na sexta-feira após o expediente e sempre vinha uma surpresa com você. Ora era um rosa, ora uma pelúcia, ora alguma mala pronta e uma viagem inesperada.
Nós visitávamos a casa dos meus pais e dos seus. De repente nós éramos visitas. E de repente nós éramos nós.
Nós fomos ficando, sem rótulos, sem cerimônias. Vivíamos nós, a nossa maneira, do nosso jeito, com o que acreditávamos. Nós ficamos (simplesmente) e ficamos com nossa cumplicidade e lealdade. 
De repente, não me lembro mais como foi que fiquei. Mas fiquei pro café forte que você preparou, fiquei pro teu “bom dia” e fiquei nos teus dias. 


quarta-feira, 4 de março de 2015

Antes de eu ir, eu quero ficar.

Você fez de mim o que eu não esperava o que eu fosse. Eu fui melhor com você e percebi isso tarde demais. Eu precisei me afastar, te magoar e não encontrar mais ninguém para perceber que você foi a única que tinha paciência o suficiente para aguentar minha vida complicada.

Você diz que eu virei teu mundo de ponta cabeça, mas não foi por querer. Isso é consequência das minhas tentativas frustradas de fazer apenas o bem para você. Me aproximei pelo teu bem, e me afastei contra minha vontade. Era o melhor para você. Eu, na minha infantilidade em achar que era dono do mundo, não queria me sentir preso a nada.

Demorou para eu perceber que esse recuo só me afetou. Demorou para eu perceber que esse recuo te fez sofrer. Eu, a contra gosto me mantive afastado, quando soube que você estava feliz com outro alguém. Eu vi seu sorriso diversas vezes. Não era para mim. Não era reflexo do meu.

Eu queria voltar atrás e te segurar em meu abraço como você gostava. Você dizia que meu abraço era o melhor lugar para estar. Por que eu só dou valor a essas coisas agora? Estou prestes a ir embora, mas algo me puxa para você. Antes de eu ir, eu quero ficar.

Ficar.

Ficar não somente com você, mas com tudo aquilo que faz você. Seu sorriso espontâneo, seu carinho inesgotável, seu perfume doce pela manhã... Seus beijos. ...Como eu sinto falta do seu beijo! Eu quero ficar, não por um momento, não por uma noite. Não somente antes de ir.




(estou largando tudo para te fazer feliz, eu vou ficar de uma vez)

segunda-feira, 2 de março de 2015

Antes que você vá, fique mais um pouco.

Preciso te contar como foi minha vida até agora. Na verdade, não tem muito segredo.

Uma vez que você significou tanto para mim, seria difícil não sofrer com qualquer resquício seu. Músicas lembram nós, lugares lembram nós. Mas isso não é nem de longe o que mais me fez sofrer com tua ausência.

Sofri mais com as bocas que me fizeram lembrar a sua. Um estranho no metrô, um outro no ônibus... Até na fila do pão. Juro. Por uma me deixei levar, ... não tem o mesmo toque macio da sua. Acho que nenhuma tem.

Você virou meu mundo de ponta cabeça e ele nunca mais foi o mesmo depois de tudo. Continua com a bagunça que você deixou... Mas tudo bem, sei me virar com ela. Me encontro melhor nela.

Antes que você vá, fique mais um pouco. Te faço um cafuné, trago sua cerveja preferida  e prometo ouvir com atenção quando você falar do seu time.  Vou concordar, a contra gosto, daquele gordinho que corria pouco, mas que brilhava muito. É interessante como seu sorriso se abre nessa situação... Eu, como um reflexo, sorria junto. Eu lembro dessas coisas. E faço questão de manter como uma lembrança boa. Dentre tantas lembranças ruins, essas pequenas tapam o buraco que você deixou.

Deixou.

Deixou o gosto de quero mais e uma vontade que nunca acabará e que sim, estará para sempre adormecida. Fica aqui... Eu sei que logo mais você vai embora e só me restará guardar essa última lembrança nossa, antes que eu adormeça novamente.









quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Eu não tenho idade para falsa maturidade.

Eu acredito que a melhor qualidade de um ser humano é capacidade de adequar-se a ambientes, sentimentos, pessoas e situações. Até mesmo porque todos falham. Todos somos passíveis de erros. O que irá diferenciar um do outro é a habilidade de reconhecer o próprio erro e/ou de aceitar um pedido de desculpas.

Pessoas centradas, irredutíveis acabam vivendo uma vida amarga. Amarga no sentido guardar para si algo que não soma, que não qualifica.  E, além disso, bloqueia o novo. Costumo dizer que guardar rancor, não aceitar um pedido de desculpas ou ter mágoa adoece. Oras, a mente se mantém ocupada com esses sentimentos negativos... Aquela coisa da atração, sabe?...Lei do retorno.

Entretanto, muitos desculpam da boca para fora. Sem, de fato, ter desculpado. Ou, esbravejam aquele discurso “Desculpo, mas sou mais trouxa” ou “Não pise no meu calo”. ...É claro que cada um possui um “escudo” que é o resultado de alguma experiência e não estou aqui (ninguém está!) para julgar. Só eu sei o que eu já passei. E esse discurso se repetirá até o momento em que outra vez sejamos vítimas de uma situação que nos coloque nessa posição... Não somos capazes de prever o que virá. E evitar ou fugir não é a solução do problema.

Isso para mim é falsa maturidade. Acreditar que fugir ou evitar um problema seja a solução é atestar desconfiança nas próprias escolhas. E de desconfianças já bastam aquelas o mundo dará gratuitamente, como já deu.

(...)

Existem dias em nossa vida. Mas talvez a ótica seja inversa: existe vida em nossos dias. O “viver” nada mais é do que as decisões que tomamos no nosso dia a dia. E são elas que irão nos guiar para o dia seguinte, seja numa situação agradável ou não... Mas, o que dizer do dia seguinte? Bem, deixa para amanhã. Eu não posso prever, mas tenho controle da situação se hoje estiver bem definido o que eu quero para amanhã. 


Tente fazer o mesmo. 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O que aqueles cabelos ruivos escondem?

Há quem pense que é vaidade manter aqueles cabelos impecáveis e sempre vivos... Não, não. A vaidade dela é o intelecto. O saber nunca é suficiente para ela; está sempre a procura de mais. Talvez a única luxúria seja horas intermináveis de dúvidas, de anseios e curiosidades em uma livraria. "E agora?! Qual série devo começar a ler?"... Esse questionamento está, até mesmo, no dia a dia. Quando acorda, escolhe um livro como quem escolhe uma roupa...: "Uhn...Qual livro devo usar?" Faz da leitura uma roupa, que esconde ou revela sonhos que apenas sua alma conhece. 

O que ela mais espera em seu dia é a paz e o conforto da sua própria cama simplesmente para agradecer por mais uma chance de vida, por mais um novo dia. A correria insana e todos os afazeres não são suficientes para tirar um sorriso do rosto. Raríssimas as vezes que chora; e se chora, deixa chorar. Até a Mulher Maravilha chora; ninguém é forte o tempo todo. 

Essa ruivinha dá a cara a tapas. Largou uma coisa e foi viver algo diferente: se encontrou. Nem por isso vai desistir de algo que conseguiu; vai honrar a colocação que obteve. Vai suar a camisa, bater no peito e dizer: "Eu não fui fraca." Não, você não é. 

Já vi chorando, sim. Mas já vi engolir o choro para consolar outras pessoas. Não uma, mas diversas vezes. Não é isso que a fará diferente dos outros: nem melhor, nem pior. Sua marca registrada é o batom vermelho que revela toda a feminilidade que esteve escondida. Não que isso seja algo ruim, mas é a maneira de se impor no mundo. Aaah... Não mexa com uma mulher se ela estiver de batom vermelho.

Ruivinha, ruivinha... Não esconda tudo o que você é. Continue sorrindo seu sorriso contagiante. 



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Procure alguém que te faça a certeza, não a dúvida.

Procure alguém que responda, sem titubear, como você é: Que consiga listar várias qualidades (que até você desconheça), que dirá todos os motivos para estar junto. 

Procure alguém que vá implicar só um pouco com aquele comentário de alguém estudou contigo no primeiro ou segundo colegial, que nem você se lembra mais. Aquele ciúmes bobo de quem é apaixonado, sabe? Aaah...! E esse alguém vai elogiar esse sorriso de canto, tímido, que você deu agora. 

Aliás, procure alguém que faça sorrir! Procure alguém que dê motivos para tal, que faça sorrir espontaneamente. Para quê esconder do mundo um sorriso? Sorriso de gente apaixonada é lindo. Sorrir junto é mais ainda.

Procure alguém que te faça a certeza, não a dúvida. Alguém que te fará a/o primeira/o, não a/o segunda/o. Procure alguém que valorizará os pequenos momentos juntos. Esses amores de cinema, declaração em flashmob, homens a cavalo... Bem, deixa para Hollywood. Procure a leveza! "Eu quero a sorte de um amor tranquilo...", né?

Acima de tudo, acima de qualquer verso transcrito do coração, procure alguém que dê mais vida aos seus dias. Procure alguém que ame e descubra o significado de amar, com você.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015