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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Esperança


"Na roda do mundo,
mãos dadas aos homens,
lá vai o menino
rodando e cantando,
cantigas que façam
o mundo mais manso,
cantigas que façam
a vida mais doce,
cantigas q façam
os homens mais crianças"



(autor desconhecido pela presente blogger)



Neste Dia das Crianças, quero lembrar a todos sobre a Esperança... Aquela que dizem ser a última que morre e ainda assim vemos tantas vezes perdida...
Essa poesia me marcou muito, pois foi o tema central da única peça de teatro grande que apresentei, uma peça contemporânea chamada Na Roda do Mundo, que se passava num hospício e cada um dos personagens carregava consigo uma lembrança da infancia de seu ator. Aquilo me tocou muito!
O menino da poesia se une aos homens pela esperança de salvá-los do selvagem mundo que os engloba.
Ele tenta, do seu jeitinho infantil, através de cantigas, fazer uma das coisas mais sérias que existe: renascer a criança que existe em cada um. Criança que se escondeu, criança que se perdeu dia após dia com as cobranças do mundo.

Vi no Facebook uma campanha para o Dia das Crianças em que a pessoa deveria trocar a foto do perfil por uma imagem de desenho animado ou gibi para conscientização popular contra a violência infantil. Sem entrar no mérito de ter ou não prejudicado a polícia em investigações, muita "Gente Grande", a cada dia, lembrava-se de sua infância, daquilo que foi bom, das manhãs ou tardes em que assistia seus desenhos prediletos, das brincadeiras com os amigos... Tantos que se lembraram dos amigos!
Viu-se a alegria que tais lembranças trouxeram, viu-se a esperança restituida e a força para seguir em frente aumentada.
A campanha agiu como as cantigas do menino, tornou o mundo mais manso, a vida mais doce e os homens mais crianças, ainda que apenas no âmbito virtual.

Não seria bom se, em vez de manter toda essa esperança infantil presa a um computador (ou celular, tablet...), a trouxessemos para o nosso dia a dia? Não seria bom se pudessemos lembrar, sem essa capa de vergonha que envolve o "ser adulto", de tudo o que nos foi bom? Não seria bom ter um menino que nos acalme com cantigas quando tudo parece estar perdido? Não seria bom ser feliz?