Eu acredito
que a melhor qualidade de um ser humano é capacidade de adequar-se a ambientes,
sentimentos, pessoas e situações. Até mesmo porque todos falham. Todos somos
passíveis de erros. O que irá diferenciar um do outro é a habilidade de
reconhecer o próprio erro e/ou de aceitar um pedido de desculpas.
Pessoas
centradas, irredutíveis acabam vivendo uma vida amarga. Amarga no sentido guardar
para si algo que não soma, que não qualifica.
E, além disso, bloqueia o novo. Costumo dizer que guardar rancor, não
aceitar um pedido de desculpas ou ter mágoa adoece. Oras, a mente se mantém
ocupada com esses sentimentos negativos... Aquela coisa da atração, sabe?...Lei do
retorno.
Entretanto,
muitos desculpam da boca para fora. Sem, de fato, ter desculpado. Ou, esbravejam
aquele discurso “Desculpo, mas sou mais trouxa” ou “Não pise no meu calo”. ...É
claro que cada um possui um “escudo” que é o resultado de alguma experiência e
não estou aqui (ninguém está!) para julgar. Só eu sei o que eu já passei. E
esse discurso se repetirá até o momento em que outra vez sejamos vítimas de uma
situação que nos coloque nessa posição... Não somos capazes de prever o que virá. E evitar ou fugir
não é a solução do problema.
Isso para
mim é falsa maturidade. Acreditar que fugir ou evitar um problema seja a
solução é atestar desconfiança nas próprias escolhas. E de desconfianças já
bastam aquelas o mundo dará gratuitamente, como já deu.
(...)
Existem dias
em nossa vida. Mas talvez a ótica seja inversa: existe vida em nossos dias. O “viver”
nada mais é do que as decisões que tomamos no nosso dia a dia. E são elas que
irão nos guiar para o dia seguinte, seja numa situação agradável ou não... Mas,
o que dizer do dia seguinte? Bem, deixa para amanhã. Eu não posso
prever, mas tenho controle da situação se hoje estiver bem definido o que eu
quero para amanhã.
Tente fazer
o mesmo.