Não sou eu, é a minha inspiração.
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Eu estava tranquila, pronta para dormir. Depois de um dia cansativo, um banho tomado e minha série favorita em dia, eu só precisava de uma boa massagem e minha cama, porém sabia que do que eu precisava, teria apenas a minha cama.
Foi quando já quase no sono, meu celular toca. "Quem se atreve?!" Oras, afinal, era madrugada de quarta-feira e só perdoaria o atrevido se fosse alguma emergência.
- Princesa...? - murmurou a voz do outro lado do telefone. Eu, como se aquilo tivesse sido um despertador, debrucei-me repentinamente em meu travesseiro e em um novo murmúrio perguntei quem era.
- Desculpa ligar a essa hora... - nesse momento, reconheci a voz e me assustei - É o...
- Acho que você ligou pro...
- Não, é com você mesmo, princesa. E eu só quero que você saiba isso, você não sabe o valor que tem. Eu queria e preciso que você saiba. Você tem seus valores, você é uma princesa.
- Eu não estou entendendo... - confessei, com a voz trêmula.
- E essa sua inocência e pureza me satisfaz. Prova tudo isso que quero que você entenda. Você é uma princesa, digna de alguém a sua altura.
Não me aguentei e, como se estivessem ali por muito tempo querendo sair, minhas lágrimas rolaram minha face e sumiram em meu travesseiro.
- Princesa, dê uma chance à você. E a mim. Não exatamente porque eu estou a sua altura, mas porque eu reconheço que você é e o que devo fazer para provar e tratar lhe como uma princesa.
A ligação terminou tão repentinamente quanto como começou. Atônita, coloquei meu celular ao lado, com os olhos vivos, esperando talvez um retorno. Que surpresa, como poderia ser ele? Deveria ser um sonho!
A ligação foi a massagem que eu não tive na noite anterior e seu efeito foi muito mais benéfico. Eu perdoei aquele indivíduo que atrapalhou o sono que não tive pela uma hora seguinte... E inquietação no peito, eu sei que permaneceu até o momento em que fechei meus olhos e revivi cada segundo daquela ligação em meus pensamentos.
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