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É incrível como pequenas atitudes, às vezes, podem ser grandes feitos para outras pessoas.
Como por exemplo, outro dia, em que, na condução, já quase cheia, entra um casal jovem. A menina senta-se ao meu lado e diz baixinho ao seu namorado: “Ah, assim não tem graça... Um em pé e outro sentado? Era melhor ter esperado a outra”. E então, o namorado diz: “Não amor. Pelo menos garante que chegaremos cedo e seus pais não implicarão com você. E eu não quero que eles pensem que eu fiz você chegar tarde.”
Eu, que segundos antes pensava em sentar mais atrás para quando a condução enchesse, cedi meu lugar ao menino e sentei-me logo à frente, no assento vazio. O casal logo ficou feliz e comentaram entre si, como aquilo era difícil de acontecer. Como eu compreendia totalmente a situação do casal, logo pude concluir que, se tivesse mudado de lugar, outras pessoas entrariam e o casal, teria que prosseguir viagem um em pé e outro sentado. Como eu não mudei de lugar, o casal pode aproveitar aqueles minutinhos a mais, juntos.
Por isso que digo, as coisas acontecem porque elas TÊM que acontecer. Geralmente somos tão aficionados com o que quero ser, onde quero chegar que acabamos limitando a nossa vida a surpresas. É certo e agora, concordo com um grande amigo. Limitamos as boas surpresas a nossa vida. Esse episódio do casal serve como referência de como a vida depende de pequenas ou grandes mudanças ou de como apenas resolvemos “deixar levar”.
E pensando assim, ela parece até ser mais gostosa se apenas... Deixarmos nos levar por ela.