-Alcoolismo.
Hoje
eu passei por uma situação que, sinceramente, não consigo nomear.
Voltando
da casa de uma amiga, no metrô havia um rapaz que, pensando agora, não deveria
ter mais que quarenta anos. O metrô demorava e logo começou a falar sozinho:
logo começaram os murmúrios, risadinhas de lado e indiferença. Quando
finalmente entramos no vagão, esse rapaz abriu uma latinha de cerveja (
Poxa, metroviários! Que brecha, hein?! Em plena Virada Cultural...) e
começou a falar. Entre tantas frases e outras antes de prestar atenção em seu
discurso ele disse: "não sou crente, nem budista não sou * nenhuma" e
"não vim pedir dinheiro nem vender bala".
Não
sei o que deu origem a seguinte fala: "Eu pago pensão aos meus filhos mas
eu não vejo eles (sic) faz um ano", mas isso fez com que eu escutasse seu
discurso. Então, começou a falar sobre a saudade que sentia, sobre a injustiça
de não poder ver os filhos, sobre a importância da mãe e da educação que deve
ser dada. Eu não sei dos motivos, não sei de sua história para
julgá-lo e esse tão pouco é o ponto principal do post.
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O
que me motivou a escrever sobre está lá no início da publicação: "logo
começou a falar sozinho: logo começaram os murmúrios, risadinhas de lado e
indiferença." Perceberam? Somos indiferentes com esse tipo de coisa. Fiz
uma rápida pesquisa na internet e neste link vocês encontram o dado de 68,7%
como droga preferida dos brasileiros. Acho que não é necessário dizer
ser é ou não um dado alarmante pois acredito que o mais relevante são as
motivações para a "bebedeira".
É
incrível como achamos graça e tratamos com indiferença quando, como no mesmo
link diz e a exemplo desse rapaz, tal ponto da "bebedeira" torna-se
alcoolismo, ou seja, doença. Bebida não cura, não traz um amor perdido nem
filhos, nem te faz "esquecer dos problemas" - é ilusão acreditar no
contrário; na verdade, o que ele provoca é justamente a ilusão de que está tudo
bem, tudo ok.
É
preocupante. Hoje eu vejo que adolescentes, cada vez mais cedo, estão entrando
nesse mundo de drogas e o uso é mais precoce entre as
meninas.
O
Alcoolismo e o Governo
Da
parte do Governo do Estado de São Paulo, existe o CRATOD - Centro de Referência de
Álcool, Tabaco e Outras Drogas que tem como missão: "criar e desenvolver novos modelos de atendimento para
determinadas parcelas da população que exigem atenção especial, que possam ser
reproduzidas e adaptadas pelos gestores municipais, e servir também de campo de
treinamento e capacitação para os técnicos das prefeituras municipais".
Além disso, há também a Lei Seca - não
vou me estender muito pois acredito que meus leitores conhecem a Lei Seca e há divergências
quanto a sua eficácia.
De qualquer jeito e qualquer coisa que seja feita, o número
é alarmante. Não sei muito bem, mas acredito que deve ocorrer agora a prevenção
entre crianças através de projetos dentro da sala de aula, que os pais devam ser
mais presentes positivamente (o uso do álcool também tem início na família
por qualquer motivo) na criação dos filhos tendo em vista o que já expus
aqui.
E, obviamente, as ações para ajudar devem ser mais presentes, evidentes
e devem ter mais incentivo. Claro e tenho total consciência de que esse é um
problema que pode não solucionado em sua totalidade, mas acho importante que
entre os jovens e para quem quer ajuda, o resultado deve atingir as
expectativas.
Alguns
links
Aqui
vocês podem encontrar alguns links sobre o tema que acho válido divulgar e que
contribuiram para essa publicação:
http://www.semexcesso.com.br/ -
Um site com layout e linguagem voltado aos jovens.
http://www.alcoolicosanonimos.org.br/ -
Site oficial sobre o Alcoólicos Anônimos.
http://alcoolismo.com.br/ -
Site completo, repleto de informações.
Ps.:
Leitores, por favor, para relatar erro, sugestões, críticas e elogios,
sintam-se livres para comentar ou enviar um e-mail para
apenasinspiracao@hotmail.com. Aproveito e agradeço a leitura até este ponto
final.