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domingo, 6 de maio de 2012

Não sobre o Amor


-Alcoolismo. 

Hoje eu passei por uma situação que, sinceramente, não consigo nomear.

Voltando da casa de uma amiga, no metrô havia um rapaz que, pensando agora, não deveria ter mais que quarenta anos. O metrô demorava e logo começou a falar sozinho: logo começaram os murmúrios, risadinhas de lado e indiferença. Quando finalmente entramos no vagão, esse rapaz abriu uma latinha de cerveja ( Poxa, metroviários! Que brecha, hein?! Em plena Virada Cultural...) e começou a falar. Entre tantas frases e outras antes de prestar atenção em seu discurso ele disse: "não sou crente, nem budista não sou * nenhuma" e "não vim pedir dinheiro nem vender bala". 

Não sei o que deu origem a seguinte fala: "Eu pago pensão aos meus filhos mas eu não vejo eles (sic) faz um ano", mas isso fez com que eu escutasse seu discurso. Então, começou a falar sobre a saudade que sentia, sobre a injustiça de não poder ver os filhos, sobre a importância da mãe e da educação que deve ser dada. Eu não sei dos motivos, não sei de sua história para julgá-lo e esse tão pouco é o ponto principal do post.

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O que me motivou a escrever sobre está lá no início da publicação: "logo começou a falar sozinho: logo começaram os murmúrios, risadinhas de lado e indiferença." Perceberam? Somos indiferentes com esse tipo de coisa. Fiz uma rápida pesquisa na internet e neste link vocês encontram o dado de 68,7% como droga preferida dos brasileiros. Acho que não é necessário dizer ser é ou não um dado alarmante pois acredito que o mais relevante são as motivações para a "bebedeira". 

É incrível como achamos graça e tratamos com indiferença quando, como no mesmo link diz e a exemplo desse rapaz, tal ponto da "bebedeira" torna-se alcoolismo, ou seja, doença. Bebida não cura, não traz um amor perdido nem filhos, nem te faz "esquecer dos problemas" - é ilusão acreditar no contrário; na verdade, o que ele provoca é justamente a ilusão de que está tudo bem, tudo ok. 

É preocupante. Hoje eu vejo que adolescentes, cada vez mais cedo, estão entrando nesse mundo de drogas e o uso é mais precoce entre as meninas. 


O Alcoolismo e o Governo 
Da parte do Governo do Estado de São Paulo, existe o CRATOD - Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas que tem como missão: "criar e desenvolver novos modelos de atendimento para determinadas parcelas da população que exigem atenção especial, que possam ser reproduzidas e adaptadas pelos gestores municipais, e servir também de campo de treinamento e capacitação para os técnicos das prefeituras municipais". Além disso, há também a Lei Seca - não vou me estender muito pois acredito que meus leitores conhecem a Lei Seca e há divergências quanto a sua eficácia.

De qualquer jeito e qualquer coisa que seja feita, o número é alarmante. Não sei muito bem, mas acredito que deve ocorrer agora a prevenção entre crianças através de projetos dentro da sala de aula, que os pais devam ser mais presentes positivamente (o uso do álcool também tem início na família por qualquer motivo) na criação dos filhos tendo em vista o que já expus aqui. 

E, obviamente, as ações para ajudar devem ser mais presentes, evidentes e devem ter mais incentivo. Claro e tenho total consciência de que esse é um problema que pode não solucionado em sua totalidade, mas acho importante que entre os jovens e para quem quer ajuda, o resultado deve atingir as expectativas. 


Alguns links
Aqui vocês podem encontrar alguns links sobre o tema que acho válido divulgar e que contribuiram para essa publicação: 

http://www.semexcesso.com.br/ - Um site com layout e linguagem voltado aos jovens.
http://www.alcoolicosanonimos.org.br/ - Site oficial sobre o Alcoólicos Anônimos.  
http://alcoolismo.com.br/ - Site completo, repleto de informações. 



Ps.: Leitores, por favor, para relatar erro, sugestões, críticas e elogios, sintam-se livres para comentar ou enviar um e-mail para apenasinspiracao@hotmail.com. Aproveito e agradeço a leitura até este ponto final.